segunda-feira, 4 de maio de 2009

Cohab afirma que áreas invadidas não podem ser regularizadas para habitação.

Segundo o presidente da Cohab, uma das áreas é de preservação ambiental e a Companhia não cederá as pressões dos invasores. Três terrenos da zona norte foram invadidos entre o sábado (2) e a segunda-feira (4).
Mais um terreno no Jardim São Rafael, zona norte de Londrina, foi invadido nesta segunda-feira (4). Agora são três as áreas ocupadas na região, com mais de 50 barracos construídos. A primeira invasão foi no sábado (2) e a segunda no domingo (4). Segundo o presidente da Companhia de Habitação de Londrina (Cohab), João Verçosa, os locais invadidos estão impedidos de serem regularizados. Um deles é um fundo de vale e área de preservação permanente.
De acordo com Verçosa, a nova administração tentará resolver a questão por meio do diálogo, mas adiantou que não cederá a pressão dos invasores, afirmando que eles devem procurar a Cohab e se inscreverem no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. “Estamos compondo a nossa equipe e realizaremos entrevistas com as famílias que estão nas invasões e tentaremos tirá-las usando o diálogo. Contudo, não vamos ceder as pressões nem privilegiar as pessoas que invadiram os locais. As famílias com mais necessidades serão atendidas primeiro”, disse.
O presidente da Cohab informou que entre os projetos a serem desenvolvidos pela nova administração estão os loteamentos para pessoas de baixíssima renda, no entanto, é necessário fazer um levantamento das áreas disponíveis em Londrina. “Vamos desenvolver projetos para as famílias que não têm condições de pagar as prestações mínimas de R$ 50 do programa Minha Casa, Minha Vida. Por isso, pedimos que as pessoas tenham paciência, pois vamos fazer um levantamento das áreas em condições de receber toda a infraestrutura necessária para se morar com dignidade”, comentou.
Para Verçosa atitudes como essas atrasam somente atrasam os processos de novas habitações. “Isso apenas tumultua a atrasa os projetos, pois fica complicado de resolver os problemas com atitudes com medidas como essa”, afirmou.
À reportagem do Paraná TV, o vice-presidente dos Assentamentos de Londrina, Oswaldo Martins, disse que a ocupação se deve às condições financeiras dos invasores. “É uma necessidade do povo, pois muitos pagam aluguel. São mulheres com filhos pequenos que não tem como trabalhar, pois faltam creches. Os maridos fazem bicos, mas não tem como pagar mais de R$ 200 de aluguel. O pessoal se viu apertado e esse terreno estava vazio, só juntando mato, então eles invadiram”, disse.
Matéria retirada do Jornal de Londrina.

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