domingo, 12 de julho de 2009

10 Anos de Matheus Cruz.

Matheus Cruz vc é o melhor sobrinho do tio, espero que vc possa sempre crescer em grandesas, que Deus te ilumine sempre e que seja sempre um guerreiro, a nossa failia é assiml lutamos por aquilo que realmente acreditamos, o titio aki quer te ver sempre bem, sempre lutando por algo e nunca pensando apenas em vc, nesses 10 anos que vc comemora no dia de hoje, acredito que já aprendeu muito e já viu como gostariamos que o mundo fosse, lutamos, lutamos e lutamos, pois queremos paz,muita paz, o mundo esta cercado de ódio, hoje em dia meu querido sobrinho, mata-se até por amor, que Deus possa ilumina-lo e abençoa-lo hoje e para todo o sempre, conte sempre com o seu Tio Jaburu.

Cheida em : CONTRA VENENO DE COBRA, VENENO DE COBRA

O Paraná despeja no ambiente 40 mil toneladas, ou 40 milhões de quilos, de agrotóxicos por ano. Este veneno vai para as plantas, o solo, o ar, a água e para dentro do resto de seus habitantes.

O Estado é o segundo consumidor nacional desta nefasta mercadoria. E talvez, não por coincidência, o primeiro em número de câncer de fígado e pâncreas.

Aqui, nas regiões que plantam fumo, e aplicam veneno associado a sais e metais, o número de câncer em crianças, a depressão psíquica e o suicídio de jovens adultos, é maior que a média estadual. Talvez, não por coincidência...

A progressiva esterilização do solo; o aparecimento de novas pragas; a ressurgência das super-pragas; a redução da piscosidade dos rios e a contaminação do leite materno, são alguns exemplos de um modelo agrícola que, para vender mais, combinou máquina, agrotóxico e adubo químico.

Já passou da hora de buscarmos um outro modelo.

Entretanto, o agricultor não aplica veneno na propriedade porque é um delinqüente ambiental. Por que é cruel. Ele o faz porque esta é a lógica do modelo. E dizer a ele que, de agora em diante, não poderá mais usar estes produtos é deixá-lo com um peso na alma porque, mesmo ciente das conseqüências, continuará impregnando sua propriedade do mesmo jeito. Porque o mercado exige!

Ora, mas se é uma questão de mercado, vamos abrir um outro mercado: veneno de cobra se combate com veneno de cobra.

O Governo do Estado compra, para a merenda escolar, mais de 1 milhão de refeições por dia. Então, que compre aquelas feitas de produtos orgânicos!

Com isso, garante-se um mercado aos agricultores que converterem suas propriedades e, ao mesmo tempo, acena-se com mais saúde para nossas crianças.

Aliás, segundo a ANVISA, o residual de agrotóxicos permitido em um ser humano é calculado levando-se em conta o organismo de um homem de 60Kg. Mulheres e crianças estão fora.

Mais um motivo para começar pelas crianças.

Para quem pensa que não há produção, nos últimos 10 anos, no Paraná:

- O número de produtores de orgânicos saltou de 300 para 5.300.
- A safra de orgânicos pulou de 450 toneladas para 107.000 toneladas. Um aumento de 2.000%. A continuar os incentivos governamentais, projeta-se para o ano 2.018 uma safra de 2 milhões de toneladas.

Por tudo isso foi que eu, e os deputados Luciana Rafagnin e Elton Welter fizemos e acabamos de aprovar, na Assembléia Legislativa, projeto de lei que institui a obrigatoriedade da Merenda Escolar Orgânica.

Tem alimento orgânico para abastecer toda merenda escolar? Não.

Mas, contrariamente ao que poderíamos pensar, isso é bom. É sinal que a produção pode crescer porque o mercado existe.

Para se ter uma idéia, todo o feijão orgânico produzido no Estado, não chega à metade da demanda da merenda escolar.

- E os rio vai ficar limpo? – canta na orelha meu pernilongo de estimação.

- Vai dá pra ver o fundo – respondo, zunindo.

- Então vai dar peixe até debaixo d´água!

Mesmo sem entender do assunto, até meu pernilongo acerta na mosca