Oficina sobre o tema foi ministrada no VI Congresso Brasileiro de Agroecologia
A possibilidade de combater pragas em plantações pelo uso da Homeopatia foi tema de oficina ontem no VI Congresso Brasileiro de Agroecologia / II Congresso Latino-americano de Agroecologia, eventos que acontecem até amanhã na Universidade Positivo, em Curitiba.
O professor Francisco Câmara, da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp (SP), iniciou sua fala expondo questionamentos relacionados ao quatro pilares da agricultura convencional nos últimos 50 anos – fertilizantes químicos, agrotóxicos, mecanização e melhoramento genético – e fez um contraponto com a Agroecologia.
“Vale a pena maximizar a produção custe o que custar, doa a quem doer, mate o que matar?”, questionou Câmara, que tem feito estudos bem sucedidos com a aplicação de Homeopatia em cultivos agroecológicos, num controle de pragas que obedece aos preceitos de conservação ambiental.
O professor ensinou a preparação do nosodio, medicamento homeopático feito a partir do agente causador da doença ou do desequilíbrio – no caso da utilização agrícola, insetos, fungos, bactérias e vírus. Segundo ele, um processo “muito barato e fácil”, que pode ser feito em qualquer propriedade.
Ele ressaltou, porém, que os insetos, mesmo quando chegam ao ponto de serem classificados como “praga”, têm importância para o agricultor, ao funcionarem como um sinal de que existe desequilíbrio naquele ambiente. “Não deve ser chamado de praga, e sim de alerta”.
Os VI Congresso Brasileiro de Agroecologia e II Congresso Latino-americano de Agroecologia foram abertos nesta segunda-feira. O deputado Luiz Eduardo Cheida, cujo mandato atua no sentido de incentivar a atividade, integrou a mesa formada na abertura dos eventos, no Teatro Positivo.